domingo, 4 de julho de 2010

GREGG VALENTINO - USUARIO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

Gregg Valentino ficou conhecido pelos seus biceps muitíssimo avantajados.
Chegou a atingir 69 cm de diâmetro em cada braço
Mister Força acabou tendo sérias complicações em um dos braços , pelo excesso de malhação e uso excessivo de um óleo(anabolizante) chamado Synthol , que ele próprio aplicava em seus braços
Esse óleo fazia com que os músculos de seus braços ficassem moldados de acordo com sua vontade.
Mas os músculos de um dos braços não aguentou o excesso de malhação e anabolizante , acabando por explodir.
Gregg teve que operar o braço,pois senão corria o risco de perdê-lo
Acabou ficando impossibilitado de malhar como antes e ainda ,com um braço disforme..

USO INCORRETO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES - 4

USO INCORRETO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES - 3

USO INCORRETO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES - 2

USO INCORRETO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES - 1

ANÁLISE DOS ESTERÓIDES ANABÓLICOS

*ANAVAR(Oxandrolone): Esta droga foi originalmente comercializada na década de 60 pela Searle e em diversos países. Oxandrolone é moderalmente androgênico e com bom efeito anabólico, não causando muitos efeitos colaterais. Por isso também é utilizado pelas mulheres.
O Anavar tem como efeito principal um grande aumento de força por ampliar os depósitos de fósforo creatina intracelular.
É utilizado normalmente em conjunto com Parabolan para densidade muscular e Deca para aumento de massa.
Apresentação: Caixa com 30 comprimidos de 2,5mg cada.

*ANABOLICUM VISTER(Quimbolone): Este esteróide destinado ao tratamento de mulheres no período pós-menopausa e ao tratamento de sintomas relacionados com o envelhecimento. É um esteróide muito pouco andrógeno, não aromatiza é tóxico para o fígado, mas por outro lado tem efeito anabólico restrito. Atletas que estão iniciando o uso de esteróides, são os que podem obter maior resultado, sendo os que já estão acostumados com drogas mais fortes não conseguem bons resultados administrando esse esteróide.
Apresentação: Recipiente de vidro contendo comprimidos de 10mg. É produzido na Itália pela Parke Davis.

*ANABOL(Metandrostenolona): Com nome de Dinabol esta droga foi inicialmente produzida nos EUA pela Ciba, porem a produção parou a muitos anos, de forma que, se encontra-la com outros tipos de nomes.
Este foi um dos esteróides orais mais populares, principalmente para aqueles que não são muitos chegados ao desconforto das injeções.
Esta droga, em doses adequadas, mostra ser bastante androgénico, causando significativos ganhos de força e volume muscular em poucas semanas de uso. A maior parte de ganho de volume deve-se a retenção hídrica. Por aromatizar, pode causar ginecomastia e também acne, então os usuários consomem junto com o Citrto de Tamoxifena (Novaldex).
Quem usa esse tipo de droga, costuma tomar junto no ciclo, a Deca para aumentar a força e a massa muscular.
Apresentação: Comprimidos de 5mg dependendo do laboratório.

*ANDROXON(Undecato de Testosterona): Esta droga também é encontrada no Brasil, foi dita como um excelente esteróide. O Androxon é absorvido pelo intestino não passando pelo fígado, de forma que não apresenta risco de toxidade para o mesmo como as demais drogas. Tem um curto período de vida na corrente sangüínea, de forma que deve ser ingerido mais constantemente para manter uma dose estável no sangue.
Segundo os fisiculturistas esta droga apesar de não ter grandes efeitos colaterais, ela não ocasiona melhoria na força e nem aumento de massa muscular.
Apresentação: Cápsula marrom de 40g em caixa de 60 comprimidos. É produzida pela Organon no Brasil.

*DECA-DURABOLIN(Decanoato de Nandrolona): Uma das mais conhecidas e tomadas pelos "leigos"!! A Deca em sua forma original é moderadamente androgénico com boas propriedades anabólicas, sendo utilizada para ganho de massa muscular e pré-competição, porem alguns atletas tendem a reter líquidos com essa droga. A deca é muito usada como esteróide de base para todo o ciclo de anabolizante por evitar inflamações e dores devido ao treinamento pesado.
Apresentação: Ampolas de 25mg ou 50mg. É produzida no Brasil pela Organon.

*DEPOSTERON(Cipionato de testosterona): Esta droga injetável é conhecida por promover rápido ganho de força e volume muscular. é altamente androgénico com boas propriedades anabólicas. Como a maior parte das testosteronas, essa droga tende a aromatizar facilmente, sendo provavelmente a maior responsável pela Ginecomastia entre os culturistas.Por reter muita água, pode causar elevação da pressão arterial. É utilizada fora de temporada, quando o objetivo é ganhar peso. O Deposteron é também conhecido como o anabolizante que mais atrofia os testículos, além de ocasionar perdas vertiginosas de força e volume tão logo a droga seja descontinuada. Encontra-se como recomendação o acompanhamento com Movaldex durante a sua administração.
Apresentação: Caixa com uma ampola de 200mg. É produzida no Brasil pela nova química.

*DURATESTON(Decanoato de testosterona, Fenilpropiaonato de testosterona, Isocaproato de testosterona e Propionato de testosterona): este esteróide é a combinação de 4 compostos de testosterona.É injetável e a sua intenção é de misturar estes diferentes ésteres para uma ação imediata após a aplicação e mantê-la por um longo período. O Propionato tem uma ação imediata, mas de curto período, o Fenilpropionato e o Isocaproato tem um início de ação mais lenta, porém de maior duração. Excelente droga para ganho de força e peso e não retem líquidos , mas mesmo assim só é utilizada fora de temporada. Mulheres não devem utiliza-la.
Apresentação: Ampola de 250mg. É produzida no Brasil pela Organon.

*EQUIPOISE(Undecilenato de Boldenone): Se você está procurando uma droga para a base do seu ciclo, você já encontrou! Muito utilizada com a Deca no trabalho de base e apesar de ser uma droga de uso exclusivo veterinário, os culturistas já descobriram os seus excelentes efeitos anabólicos. Ela é moderalmente tóxica ao fígado e com baixo nível de aromatização.
Apresentação: Caixa com 6 ampolas de 2ml cada. é produzida na Itália na LPB PHARMACEUTICALS de Milano.

*HALOSTIN(Fluoximesterona): É utilizado nas últimas semanas que antecedem o campeonato por ser muito tóxico ao fígado. O objetivo é aumentar o nível de andróginos no organismo enquanto estiver realizado super compensação de características principal o poder de não reter muita água. O Halostin, no momento, só parece estar sendo produzido pela UPOHJN na Grécia.Pode causar mudanças de comportamento por ser uma droga altamente androgénico.
Apresentação: Frasco com 20 comprimidos de 5mg cada produzido pela Upjohn.

*HEMOGENIN(Oximetolona): Esta droga é conhecida como esteróide oral mais perigoso que um culturista pode tomar. Ele ocasiona um rápido ganho de força e volume muscular, mas devido a sua toxidade ao fígado, a dose e o ciclo devem ser limitados, pois sua utilização pode tomar mais pronunciados os outros efeitos colaterais, mas mesmo em doses menores, é de praxe o uso de Novaldex para se limitar os feitos indesejáveis. Não ultrapasse o tempo de uso de 6 semanas, e os intervalos de consumo sejam de no mínimo 6 a 8 semanas.
Apresentação: Caixa com 10 comprimidos de 50mg cada.É produzido pela Syntex no Brasil.

*PROVIRON(Mesterolona): Este é um esteróide anti-aromatizante não tóxico.Mas também não tem propriedades anabólicas. Muitos atletas utilizam o para combater a Ginecomastia e aumentar a densidade muscular.
Apresentação: Frasco com 20 comprimidos sulcados. É produzido pela Shering do Brasil.

*PRIMOBOLAN(Mentelona): É considerado atualmente o anabolizante favorito para ser consumido na fase de pré-competição por produzir densidade muscular em dieta para a perda de gordura e liquido subcutâneo. É também muito apreciando pelas mulheres.
Apresentação: Caixa com comprimidos( 50 de 25mg) ou ampolas(10 de 20mg), todos produzidos pela Shering da Europa.

*PARABOLAN(Trembolone): Excelente esteróide para efeito cosmético, ou seja nas fases de competições.se tomar com outros anabolizantes, administrar junto o Novaldex.
Apresentação>: Caixa com uma ampola de 76mg/1,5ml. É produzido pela Negma.

*TESTOVIRO: Esta é uma das testosterona de ação mais prolongada no organismo. Muito utilizada no final de ciclos para permitir uma volta gradual da produção fisiológica da testosterona, evitando assim choque vertiginoso com perda de peso, como acontece ao intervalo de outros esteróides.
Apresentação: Ampola de 250mg produzido na Europa pela Shering.

*WINSTROL(Stanozolol): Esteróide de pouca retenção hídrica, e com pequenas taxas anabólicas. É controvertido no mundo do culturismo. Pois uns afirmam que não tem efeito nenhum e outros afirmam que tem efeitos ótimos. Pode ser que pessoas não tenham os receptores para esse tipo de bola, não ocorrendo nada, mas em outras pessoas que tenham o receptor ocorre boas mudanças.
Apresentação: Caixa com 30 comprimidos ou caixa com 3 ampolas. É produzido pela Zambon.

ANABOLIZANTES MAIS CONHECIDOS NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL

*ANABOLIZANTES ESTERÓIDES ANDROGÊNICOS

Nome GenéricoNome ComercialFormulaçãoAromatizaçãoAnabólicoAndrogênicoHepatotoxidade
AndroisoxazolNeopondren

Neo-ponden

Comprimidos

5 mg

MínimaBastantePoucoSim
AndrostanolonaAndrolone

Neodrol

Anabolex

Anaprotin

Protona

Oral

(10 à 25 mg)

Injetável

(100 mg/ml)

NãoBastantePoucoPouca
BoldenonaEquipoise]

Parenabol

Injetável

(50 mg/ml)

PoucaBastanteMédioPouca
EtilestrenolDurabolin-o

Maxibolin

Orabolin

Oral

(2 mg)

PoucaPoucoPoucoBastante
FluoximesteronaHalotestinOral

(5 mg )

BastanteBastanteBastanteBastante
MesterolonaAndroviron

Proviron

Oral

( 25 mg/ml)

NãoBastanteMédioPouca
MetandienonaDanabol

Dianabol

Oral

( 5 mg )

PoucaBastantePoucoBastante
MetenolonaPrimobolan

Primonabol

Oral

(5 mg)

Injetável

NãoBastantePoucoPouca
NandrolonaDeca-durabolinInjetávelPoucoBastantePoucoPouca
OxandrolonaAnavar

Lipidex

Oral

(2,5 mg )

PoucoBastantePoucoBastante
OximetolonaHemogeninOral

(5 e 50 mg)

PoucoBastantePoucoBastante
StanozololWinstrol

Stromba-jet

Oral

(2 e 5 mg )

injetável

(25 mg/ml )

PoucaBastantePoucoBastante
Testosterona

Cristalina

DuratestonOral e

Sublingual

MédiaBastanteBastanteNão
TrembolonaParabolanInjetávelPoucoBastantePoucoPouca

O QUE SÃO ESTERÓIDES ANABOLIZANTES ?

INTRODUÇÃO

O uso crescente de anabolizantes artificiais com fins estéticosnos nos Estados Unidos é classificada como uma "Epidemia silenciosa". Pesquisas recentes mostram que 7% dos estudantes colegiais americanos já foram ou são usuários de anabolizantes e que 9% dos que freqüentam academia os consomem regularmente. É a droga mais encontrada nos exames antidoping feitos pelo Comitê Olímpico Internacional.

No Brasil, embora não tenham sido feitos levantamentos capazes de quantificar o uso dos esteróides anabólicos, pode-se afirmar que o consumo cresce assustadoramente entre a população jovem. E isso acontece sem o menor controle das autoridades da saúde, porque não há no país uma regulamentação destinada a normatizar a venda desses medicamentos. Grande parte dos produtos anabolizantes consumidos internamente vem do exterior e é comercializada no mercado negro. Desenvolvidos na década de 1950, os anabolizantes ou esteróides anabólicos são produzidos a partir do hormônio masculino testosterona, potencializando sua função anabólica, responsável pelo desenvolvimento muscular, e reduzindo o efeito androgênico, que responde pelas características masculinas, como timbre de voz, pêlos do corpo, crescimento de testículos. Quando administrada no organismo, essa substância entra em contato com as células do tecido muscular e age aumentando o tamanho dos músculos. Em doses altas, os anabolizantes aumentam o metabolismo basal, o número de hemácias e a capacidade respiratória. Essas alterações provocam uma redução da taxa de gordura corporal. As pessoas que os consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico. Sem grandes esforços, elas atingem a meta de mudar a aparência rapidamente e a um preço acessível — uma ampola custa em média R$ 7 nas farmácias do país.

Embora essas drogas venham com uma tarja na embalagem alertando que o produto deve ser usado com indicação médica, no Brasil qualquer pessoa pode comprá-las sem receita em farmácias e academias. Muitos dos anabolizantes consumidos pelos jovens brasileiros têm uso veterinário no exterior ! Estudos científicos mostram que o uso inadequado de anabolizantes pode causar sérios prejuízos à saúde, como problemas cardíacos, hipertensão arterial, distúrbios psicológicos provocados pelo aumento da agressividade, complicações hepáticas (hepatotoxidade) e redução de hormônios sexuais.

DEFINIÇÃO :

Esteróides são hormônios, responsáveis pela harmonia das funções vitais do organismo. São compostos químicos sintéticos que imitam os efeitos anabólicos da testosterona, tendo a propriedade de ativar o metabolismo protéico, retendo o nitrogênio e aumentando a atividade do RNA. Além dos esteróides nosso organismo também possui outros hormônios tais como a insulina, o glucagon, os hormônios da tiróide e outros. Existem três categorias de esteróides :

  • Estrógenos ( hormônio feminino ) produzido pelo ovário, produz os caracteres sexuais femininos;
  • Andrógenos ( hormônio masculino ) produzido pelos testículos, produz os caracteres masculinos;
  • Cortizona que é produzida por ambos os sexos, tem efeito analgésico e anti-inflamatório.


Os esteróides anabólicos são um subgrupo de andrógenos

Os efeitos desejáveis com a administração dos esteróides são:

  • Aumento da síntese protéica;
  • Diminuição da fadiga;
  • Aumentar a retenção de glicogênio;
  • Favorecer o metabolismo dos aminoácidos
  • Inibir a atuação do cortisol ( hormônio catabólico), liberado pelo stress. Também torna o organismo mais suscetível à gripes e resfriados por suprimir os mecanismos imunológicos.
  • Promover um balanço nitrogenado positivo;
  • Aumento da força de contratilidade muscular.

TIPOS DE ANABOLIZANTES :

Foram produzidos vários tipos de esteróides anabólicos pela indústria farmacêutica:
Supositórios, cremes, selos de fixação na pele e sublingual, porém os mas consumidos são os: orais e os injetáveis.

ORAIS : Via comprimido, na sua ingestão passa pelo estômago, é absorvido pelo
intestino, processado pelo fígado, então vai para acorrente sangüínea. Como o fígado é responsável pela destruição de qualquer corpo estranho no organismo, vários esteróides estavam sendo destruídos através de um processo chamado 17 alpha alcalinização. A alcalinização provoca uma sobrecarga no fígado que acaba danificado por um esforço para combater algo que não consegue processar.

INJETÁVEIS : Os esteróides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não
passar por um processo de alcalinização. Esse tipo de esteróide passa pela corrente sangüínea via muscular, e umas das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sangüínea com uma longa duração, visto que o óleo demora para se dissipar no local da aplicação devido a sua viscosidade. As desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis devido a sua forma de aplicação: "injetável".



EFEITOS COLATERAIS :

Inúmeros efeitos colaterais de longo e curto prazo são relacionados com o uso de esteróides anabólicos. Veja abaixo, alguns já conhecidos :

  • Calvície;

  • Acne;

  • Agressividade;

  • Hipertensão arterial;

  • Hipertrofia da próstata;

  • Limitação do crescimento;

  • Hepatotoxidade;

  • Impotência sexual;

  • Esterilidade;

  • Insônias;

  • Cefaléias;

  • Aumento do mau colesterol LDL;

  • Diminuição do bom colesterol HDL;

  • Ginecomastia (surgimento de seios);

  • Selamento das epífises ósseas;

  • Coronáriopatias (complicações cardíacas);

  • Enrijecimento das articulações;

  • Atrofia testicular;

  • Em mulheres, além dos acima citados podem ocorrer:

  • Virilização;

  • Crescimento de pelos;

  • Engrossamento da voz;

  • Hipertrofia do clitóris;

  • Distúrbios menstruais e ovulatórios.

O QUE SÃO ESTERÓIDES?

Esteróides são compostos tetracíclicos (quatro anéis) de alta massa molecular. Aqueles contendo um ou mais grupos ─OH e nenhum grupo C═O são chamados esteróis. O esterol mais comum é o colesterol, o qual é encontrado em gorduras animais, mas não em gorduras vegetais.

Os esteróides estão largamente difundidos em seu corpo. Quantidades muito pequenas mostram atividade biológica considerável. Pequenas variações na estrutura molecular de esteróides resultam em grandes diferenças nos seus efeitos. Os esteróides que ocorrem naturalmente incluem o colesterol, os sais biliares, e muitos hormônios, reguladores dos processos químicos.

Os esteróis, esteróides que contêm um grupo hidroxila, são os esteróides mais abundantes. O esterol mais importante é o colesterol.

O colesterol é fabricado pelo nosso corpo assim como obtido da dieta. Ele é usado para a síntese de moléculas tais como os hormônios esteróides. Este lipídio é encontrado no cérebro e no tecido nervoso, onde forma parte da mielina, a membrana estável que reveste as células nervosas.

Doença cardíaca e hipertensão arterial podem resultar de depósitos de colesterol no interior das paredes das artérias. Esta condição, aterosclerose, é uma forma de arteriosclerose, ou “endurecimento das artérias”. Evidências mostram que o nível de colesterol no sangue, e, portanto a quantidade depositada, está relacionada com a quantidade de gorduras saturadas que você ingere.

O colesterol está também presente nos cálculos biliares, depósitos anormais oriundos da bile na vesícula.

A bile é um líquido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar. Quando a bile é hidrolisada, o esteróide obtido mais abundante é o ácido cólico:

Sob forma de sais biliares, ele ajuda a digestão emulsificando os lipídios.

A vitamina D (calciferol) é produzida na pele a partir de um esteróide que é quase idêntico ao colesterol (7-deidrocolesterol) através de reações promovidas pela luz solar. Digitalis, uma droga que fortifica o músculo cardíaco, tem como base outro esteróide, a digitoxigenina.

Esteróides Anabólicos

Esteróides anabólicos são hormônios que controlam a síntese de moléculas grande a partir de moléculas pequenas. Atletas têm usado essas substâncias (embora sejam ilegais) para aumentar a massa muscular e, portanto, a força corporal. Um exemplo de esteróide anabólico é o hormônio masculino testorenona.

Embora aumente a massa muscular, ele causa vários efeitos colaterais. Em homens, esses efeitos colaterais incluem atrofia dos testículos, impotência, hipercolesterolemia, crescimento das mamas e câncer do fígado. Mulheres que usam esteróides anabólicos desenvolverão músculos maiores e maior resistência, tendo como prejuízo o aumento da masculinidade, formação de grande quantidade de pêlos pelo corpo, agravamento da voz e irregularidades menstruais. Outra desvantagem do uso desses esteróides anabólicos é que eles não podem ser tomados por via oral ─ devem ser injetados. A realização de testes na urina de atletas para determinar a presença dessas substâncias ilegais tem sido adotada como uma prática padrão.

FATOS IMPORTANTES RELACIONADOS AO DOPING

1 - Em 1879, nas voltas ciclísticas pela Europa, principalmente na Fraça, já se sabia que alguns ciclistas usavam mistura de açúcar, éter e nitroglicerina (como vasodilatador coronariano).

2 - Em 1886, na corrida dos 600 Km. de ciclismo, entre Bordeaux e Paris, ocorre a primeira morte relatada por dopagem. Do ciclista inglês Linton, intoxicado por uma mistura de nitroglicerina com cocaína.

3 - Só em 1889, a palavra doping aparece num dicionário inglês, significando uma mistura de narcóticos utilizada em cavalos puro-sangue.

4 - Em 1910, o químico russo Bukowski, trabalhando no Jóquei Clube de Viena, na Áustria, cria método de identificação de drogas através da saliva. Negou-se a revelar o método.

5 - Em 1919, o farmacêutico japonês Ogata, Sintetiza a anfetamina.

6 - Em 1935, o farmacologista alemão Gunter Wormun, descobre a testosterona no testículo do boi.

7 - Em 1941, soldados alemães recebem doses de testosterona para aumentar a agressividade.

8 - Em 1960, nos J.O. de Roma, morrem três atletas por uso de estimulantes. O ciclista dinamarquês Knut Jensen (15 tabletes de anfetamina e 8 tabletes de um vasodilatador adicionados a uma garrafa de café), o velocista americano Dirck Howard (dose excessiva de heroína) e o corredor inglês Simpson (por estimulante desconhecido).

9 - Em 1963, morrem dois boxeadores americanos por doses excessivas de heroína: Billy Belo (meio pesado) e Jupp Elze (pesado).

10 - Em 1955, a Federação Mundial de Ciclismo, com métodos próprios, em uma só prova na Europa, examinou a urina de 25 atletas e teve 5 casos positivos, não revelados.

11 - Em 1959, o American College of Spots Medicine, revela pesquisa com 441 treinadores, assistentes e auxiliares do futebol americano: 35 tiveram experiências com benzedrina.

12 - Em 1964, durante os J.O. de Tóquio, ocorre um Congresso Mundial contra a dopagem de atletas. Seguem-se vários simpósios pela Europa e algumas deliberações são aprovadas, mas sem muita força punitiva. Continuava o uso deliberado com alegações de razões patrióticas.

13 - Em 1965, a Liga Ciclística da Bélgica informa que de todos os casos examinados nesse ano, 25,59 foram considerados positivos para estimulantes.

14 - Em 1968, durante os J.O. de Inverno de Grenoble, o C.O.I. forma comissão de 5 médicos e 1 químico, que unifica todas as leis existentes.

15 - Em 1968, durante os J.O. do México, houve dificuldade de se aplicar o controle de dopagem porque os países participantes se negaram a cumplir o regulamento sob a alegação de que a lei só foi divulgada 3 meses antes dos jogos.

16 - Em 1968, já se tem quase certeza que alguns atletas, principalmente da Alemanha Oriental e dos Estados Unidos, estão fazendo uso de esteróides anabólicos.

17 - Em 1872, surge a primeira deliberação antidoping no Brasil, chamada Deliberação 5/72, do Conselho Nacional de Desportos, mal traduzida da Deliberação Olímpica e com algumas dificuldades de aplicação.

18 - Nos J.O. de 1972, o esgrimista russo Boris Onischenko, usa um aparelho eletrônico na empunhadura da sua espada, que marcava toques inexistentes no adversário. É a primeira notícia que se tem de doping tecnológico.

19 - Pesquisa americana dirigida pelo médico L.A. Johnson, com atletas da Liga de Futebol Americano profissional revela que dos 93 dos entrevistados, 74 usavam drogas estimulantes, principalmente os defensores (1972).

20 - Começa efetivamente o controle de dopagem olímpica: J.O. de Munique, 1972.

21 - Surge o primeiro caso de doping no Brasil, no jogador Campos, do C.A. Mineiro, por uso de anfetaminas (1974). Mais dois casos são revelados no ano seguinte.

22 - Em 1976, o jornal Los Angeles Times afirma que 80 das medalhas de natação e atletismo dos J.O. de 76 foram conquistadas com esteróides anabólicos.

23 - Os esteróides anabólicos passam a ser proibidos pelo Comitê Olímpico internacional nos Jogos Olímpicos de Montreal.

24 - Em 1980, sabe-se que atletas soviéticos faziam uso de eletro-estimulação, recebendo choques elétricos nas inserções musculares para produzir contrações isométricas para aumento da massa muscular.

25 - Em 1983, o médico americano Robert Kerr, gaba-se em Los Angeles, de ter como clientes, 4000 atletas de 19 países, como seus clientes de anabolizantes. Escreve o livro: "O uso prático dos Esteróides Anabólicos".

26 - Em 1983, nos Jogos Panamericanos de Caracas ocorre um dos maiores excândalos da dopagem. 19 atletas são considerados positivos e dezenas de outros atletas voltaram para seus países sob as mais diversas desculpas para não serem submetidos aos exames antidoping.

27 - O Professor Manfred Donicke da Alemanha Ocidental, membro da Comissão Médica do C.O.I., alerta para o uso crescente de somatotrofina, droga fabricada a partir do hormônio de crescimento retirado da hipófise de cadáveres. Afirma que essa substâncianão está na lista proibida do C.O.I. e por isso os J.O. de 84 serão muito desiguais. Afirmação em inicio de 1984.

28 - Pelo campeonato de futebol do Rio Grande do Norte, em jogo Baraúnas x Alecrim, médico designadp para o exame, colhe só 12 ml de urina e o material chega deteriorado ao laboratório da USP em São Paulo, que se nega a analisar o material.

29 - Desde 1974 até 1984, aparecem no futebol brasileiro mais 9 casos positivos de grande repercussão na imprensa esportiva.

30 - Arnold Beckett, médico inglês, diz estar arrependido da "Trama de Los Angeles em 84". Diz que na época achou justificado encobrir os 9 resultados positivos (7 com esteróides e 2 com efedrina) em nome da perpetuação do Movimento Olímpico. Refere que o quarto do hotel onde estava o Príncipe Alexander de Merode (Presidente Médico do C.O.I.) foi violado e as contraprovas estavam lá.

31 - A Federação Internacional de Atletismo, informa que até 1985 havia punido 95 atletas por doping. Não revela nome. 51 são homens e 34 mulheres.

32 - O barreirista americano Edwin Moses, campeão olímpico e mundial dos 400m, assustado com a quantidade de atletas que usam anabolizantes inicia uma campanha mundial com vários outros atletas, para evitar que atletas que se dopam sejam convidados a participar de meetings internacionais. Anos depois, derrotado nessa pretensão por interesses econômicos e de marketing, sugere ao C.O.I. que inicie os chamados exames "off-competition", isto é, exames em atletas durante treinamentos, fora de competições. Vence essa batalha e os exames começam.

33 - A mesma FIA informa que em 1986 puniu 22 atletas (18 homens e 4 mulheres). Em 1987 puniu 18 (12 homens e 6 mulheres). Em 1988 foram 16 (11 homens).

34 - A.N.C.A.A. (National Coleggiate Athletic Association) após severas e grandes investigações, informa que 8 das maiores universidades americanas, tinham atletas usando esteróides anabólicos. (1988).

35 - Surge o escândalo de Ben Johnson nos J.O. de Seul e o Comitê Olímpico de Canadá abre inquérito para apurar o fato.

36 - O velocista americano Carl Lewis que acabou ficando com a medalha de ouro nos 100m. oeka exclusão de Ben Johnson, afirma em Seul que 10 medalhistas do atletismo usavam hormônios.

37 - O tenista francês Yannick Noah, afirma em 1988 uso de doping em tenistas.

38 - A revista alemã Stern, revela que Kristtin Otto, nadadora da Alemanha Oriental que teve 6 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Seul tinha uma quantidade exagerada de testosterona em seu organismo.

39 - A FIA informa que em 1989 o total de atletas punidos é de 36 (23 homens e 13 mulheres).

40 - Em 1989, Marita Koch, alemã, recordista mundial dos 400m confessa que recebeu esteróides anabólicos desde a infância.

41 - Em 1989, Charles Frencis, técnico de Ben Johnson, afirma em depoimento ao governo que Ben começou a usar Dianabol em 1981 e em 1982 passou para o stanozolol. Que o velocista Desay Willians, o atleta Tony Sharp e a velocista Ângela Issajaenko, também recebiam anabolizantes. Quem aplicava as injeções em Ben era o marido de Ângela.

42 - Em início de 1989, o médico de Ben Johnson, o islandês Mario Jamie Astaphan é considerado culpado por má conduta profissional pelo Colégio de Médicos e Cirurgiões de Ontário(Canadá) recebe uma multa de $ 4.400 e a pena de não clinicar por 18 meses.

43 - O jornal Sportecho da Alemanha Ocidental, afirma em 1989 que em 1988 foram descobertos 14 casos positivos, não divilgados pelo governo.

44 - A FIA informa que em 1990 puniu 23 atletas (15 homens e 8 mulheres).

45 - Em 1991, a Comissão Reiter, criada na Alemanha unificada faz um relatório de 70 páginas, acusando vários atletas, treinadores e médicos. Sugere punições severas e fecha um laboratório que fabricava os remédios.

46 - Em 1991, na Venezuela, o Partido Social Cristão, oposição ao governo, consegue aprovar uma lei que obriga ao exame antidoping todos os candidatos e cargos eletivos.

47 - No início de 1991, o biólogo alemão Warner Franke, encarregado de preparar relatórios sobre os Centros de Pesquisa na Alemanha Oriental revela-se intrigado que todas as teses de doutorado sobre esportes (a maioria sobre os anabolizantes) estavam na Academia Médica do Exército Nacional do Povo na cidade de Bad Saarow, que não tinha Universidade para apresentação de teses. O título principal, sobre anabolizantes era de Harmut Riedel, médico-chefe da equipe de atletismo da Alemanha Oriental.

48 - Na final do futebol da Olimpíada de 92 em Barcelona, a Espanha vence a Polônia por 3x2. O goleiro e mais dois zagueiros poloneses jogaram dopados e não foram sorteados. A comissão técnica sabia do fato, que só doi divulgado 12 anos depois pela Comissão Especial de Educação Física da Polônia. Os atletas foram Alecksander Klak(goleiro) e Dariusz Kosela e Piotr Swierczeski(zagueiros).

49 - Ilona Slupianek, arremessadora de peso da Alemanha, confessa em 1993 a um jornal alemão, que se dopava desde 1979.

50 - Em 1993, a arremessadora de peso da ex-Alemanha Oriental, Heidi Krieger, que na década de 80 recebera tanta injeção de hormônios masculinos e teve grandes modificações em seu corpo, é submetida a uma cirurgia de mudança de sexo. Passou a se chamar Andrêas Kriger, era tímido e trabalhava numa loja de animais em Berlim.

51 - Morre na Alemanha, em 1993, a lançadora de martelo Detlef Gerstenberg por complicações pós-operatórias de cirurgia por tumores no fígado e vesícula biliar causados por excesso de esteróides anabólicos.

52 - Em dezembro de 1993, o Comitê Olímpico da China, informa oficialmente que durante o ano teve 24 atletas dopados e suspensos. A Alemanha faz a mesma divulgação e indica 19 atletas dopados.

53 - Daniel Passarela, técnico da seleção Argentina de futebol, exige que enquanto for o técnico, qualquer jogador convocado deve ser submetido a exame de rinoscopia, para supreender cocainismo. Em 1994.

54 - Após partida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, Guarani x Vasco da Gama em setembro de 1994, o jogador Willian, do Vasco, sorteado e em vias de fornecer a urina para exame, é retirado da sala por dirigentes da equipe sob alegação que o avião fretado não poderia se atrasar. Ninguém foi suspenso nem sancionado.

55 - No Mundial de Natação de 1994, as chinesas ganham 12 das 16 medalhas de ouro e voltam as suspeitas de dopagem nas atletas, por substâncias ou métodos de máscara na urina que os laboratórios não conseguem descobrir. O mesmo acontece no Mundial de Halterofilismo em Islambul. Os atletas chineses ganham 18 das 27 medalhas de ouro.

56 - A Alemanha informa que em 1994, o total de casos positivos em seus arletas, é de 34.

57 - A Federação Internacional de Ciclismo, revela fortes suspeitas de que desde 1981, morreram 18 ciclistas por uso de eritropoietina. Por embolia ou por disfunção cardíaca. Em 1997.

58 - Congresso técnico da FIAA, resolve em 1997 que a punição máxima para casos de esteróides anabólicos passa a ser de 2 anos e não mais 4 anos. Para casos leves de outras substências, na primeira vez só advertência, na segunda vez suspensão de 2 anos e na terceira vez banimento.

59 - Em julho de 1988, Christiane Knacke, Carola Baraktschjan e Andréas Krieguer (que era Heidi Krieguer) anunciaram que queriam devolver suas medalhas olímpicas, convencidas que estavam que elas haviam sido conquistadas injustamente.

60 - Em agosto de 1998, John Coates, Presidente do Comitê Olímpico da Austrália propõe que o doping seja punido com prisão (por causa do tráfico e importação), além da devolução das verbas do governo e dos patrocinadores.

61 - Em abril de 1999, o governo alemão conclui o inquérito sobre o chamado Plano de Estado 14.25 da ex-Alemanha Oriental. Vários profissionais, Médicos, treinadores e assistentes são punidos por cumplicidade nos danos corporais em 109 atletas que receberam drogas para melhoria de desempenho.

62 - Em novembro de 1999 é criada a Agência Mundial Antidoping (WADA), pelo COI. Ela passa a ditar todas as normas no controle de dopagem em todo o mundo, globalizando o tema.

63 - Em setembro de 2001, surge o primeiro caso de dopagem no automobilismo. O piloto tcheco Tomas Enge, da Fórmula F-3000 usou maconha no GP da Hungria. Já estava com o título da temporada garantido. Foi suspenso pela FIA por ano e teve seu título cassado.

64 - No final de 2003, descobre-se que um empresa americana, Laboratório Balcom sintetizava o THG (tetraidrogestrinona), um esteróide que não era detectado pelos laboratórios de análise. Investigações provaram que vários atletas de ponta, americanos, tiveram vitórias e recordes com o uso dessa substância nos últimos quatro anos. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos iniciou processo de condenações.

65 - Desde final de 2003, os transexuais já podem competir. Antes era só se a tranformação cirúrgica tivesse acontecido antes da adolescência. Agora, não respeita idade desde que se submeta a exames para ver o nível dos hormônios masculinos. Reneé Richards por 41 anos foi Richards Raskins. Era tenista. Operado, virou mulher. Chegou às quartas de final do Aberto dos USA em 1978. Michael Dumaresq virou Michelle Dumaresq, canadense, mountain bike. Operado, foi depois a vigésima quarta colocada no mundial.

66 - A coleta de sangue para exames antidoping começa definitivamente, em Atenas, agosto de 2004. Em exames pré-olimpiadas e durante os próprios jogos Olímpicos.

67 - Lamine Diack, Presidente da IAAF, quer reduzir de 3 para 2 o número de vezes que um atleta deixa de camparecer ao exame antidoping num período de 18 meses, conforme manda a legislação atual.

68 - Rafaelle Guariniello,Procurador de Turim na Itália, pede a prisão de dois dirifentes da Juventus de Turim: o médico Ricardo Agrícola e o dirigente geral Antonio Giraudo, por ministração de EPO a alguns jogadores do time entre 1994 e 1998. Os jogadores mais conhecidos são Del Piero (da seleção italiana) e Deschamps (da seleção francesa).

69 - Kostas Kenferis e Ekaterini Thanou, casal de velocistas gregos que "escaparam" do exame antidoping dias antes dos J.O. de Atenas-2004 alegando acidente de moto quando se dirigiam ao exame foram processados pela Promotoria grega sob a acusação de "simulação de acidente". Também foram processados o técnico Christos Tzeker além de 7 médicos do pronto-socorro que os "atenderam" e mais 2 testemunhas falsas do acidente. Em 19/11/04.


"Não se tem dúvidas de que 80 das medalhas de natação e atletismo nos J.O. de Montreal tiveram esteróides anabólicos".
Bill Shirley, no Los Angeles Time, após pesquisas, em 1976.

"Preciso mudar de médico".
Frank Shorter, fundista americano que não se dopava, após sua derrota nos J.O. de Montreal em 1976.

"O doping de futebolistas de alto nível já é usual em meu país".
Dr. Vam Rompou, médico da seleção holandesa, em 1976.

"Doping é uma coisa que a gente toma aos 40, para se sentir como se tivesse 20 e depois ter um cansaço de quem tem 80".
Zizinho, ex-jogador da seleção brasileira, em 1984.

"Eu recebia injeções e ficava agressiva comigo e com os outros".
Karen Konig, atleta da ex-Alemanha Oriental, bicampeã européia de natação, em 1984.

"Nove resultados positivos nos J.O. de Los Angeles, nunca foram tornados públicos. Não sei por que".
Don Colin, americano, diretor do Laboratório Olímpico e Diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade da Califórnia, em 1984.

"Seis em cada dez no atletismo usam esteróides anabólicos".
Daley Thompson, campeão inglês do decatlo, em 1987.

"Suas dores eram abomináveis".
Médicos da U.T.I. do Hospital de Mayence, na Alemanha, que assistiram a morte de Birgit Dressel, em 1987.

"Usei doping várias vezes e isso é uma prática comum no futebol alemão".
Harald Schumacher, ex-goleiro da seleção alemã, em seu livro Anpfiff, editado em 1987.

"De setembro de 84 a fevereiro de 88 eu consumi heroína quase que diariamente".
Bernard Boileau, ex-tenista belga, em 1988.

"Ele foi em direção a uma riqueza fácil, com as bênçãos e os anabolizantes de um poder complacente".
Antonio Carlos Magalhães, político brasileiro, em 1988, atacando um adversário político em 1988, aproveitando-se da palavra anabolizante que dominava na época o noticiário esportivo.

"A Federação italiana fornece esteróides aos seus atletas".
Pietro Puia, corredor italiano, em 1989.

"Eu era forçada a tomar 12 comprimidos por dia".
Cristiane Kcnake, campeã mundial nado borboleta, na Alemanha, em 1989.

"Depois que passei a usar anabolizantes, passei a ter problemas psíquicos, envelhecimento rápido, queda de cabelos, ressecamento dos pés e sérios problemas ginecológicos".
Diane Willians, atleta americana, em 1989.

"O doping é a praga dos esportes".
Sebastian Coe, inglês, ex-bicampeão olímpico dos 1500m, comentando sobre o caso Bem Johnson, em 1989.

"Todos sabiam que Maradona era assim. Posso enumerar outros jogadores de outras cidades, que também usam drogas".
Nello Polese, prefeito de Nápoles, quando Maradona foi acusado de doping jogando pelo Napoli, em 1991.

"Não o crucifiquem. A um enfermo não se mata, mas se ajuda a levantar".
Carlos Menem, então Presidente da Argentina, na repercussão do doping de Maradona, em 1991.

"Comecei a tomar anabolizantes em 1969 e nunca mais parei. Eles me faziam jogar melhor. 99 dos atletas estão nessa".
Lyle Martin, astro do futebol americano, do Denver Broncos, em 1992, pouco antes de sua morte por câncer cerebral.

"Naturalmente que me dopava desde 1979. Não me arrependo de nada".
Ilona Slupianek, ex-arremessadora de peso, alemã, em 1993.

"Quem se dopa tem que ser suspenso por oito anos ou pelo resto da vida".
Lindford Christie, velocista inglês, líder de campanhas contra o doping, em 1997.

"Ben Johnson deveria ser proibido de entrar nos Estádios".
Idem.

"Não me importava se os medicamentos figuravam na lista de dopantes, desde que os atletas ficassem em forma. Quando o time se classificava, isso significava entrada de dinheiro para o clube e para os jogadores".
Dr. Dick Oosthoek, médico do FC Twente, da 1a. divisão holandesa, que chegou à final da UEFA em 1973. Declaração dada em 1998.

"Um atleta que não usa nada é como um fusquinha competindo com um fórmula 1".
Enzo Perondini, fisiculturista brasileiro com câncer hepático, em 1998.

"Quando ouço o slogan Esporte é Saúde, morro de dar risadas".
Idem.

"O que é preciso é ganhar a todo custo. Não interessa se o atleta prejudica a saúde".
Dr. Andréas Melnik, ucraniano que se dedicava à medicina esportiva na União Soviética, em 1988.

"Os únicos atletas pegos no antidoping são os que não dispõem de recursos farmacológicos adequados".
Dr. James Puffer, ex-médico do Comitê Olímpico americano, em 1999.

"Patrocinadores não gostam de ver suas marcas associadas a escândalos. Por isso, sempre que pode o Comitê Olímpico evita o escândalo".
John Leonard, técnico da seleção americana de natação, em 1999.

"Meu advogado será o Dr. Johnnie Cochran Jr. que se tornou famoso por conseguir a absolvição de O.J. Simpson no julgamento pela morte de sua mulher".
Cottrel J. Humter, atleta americano acusado pelo uso de anabolizantes, em 2000.

"A permissão para Sotomayor competir me atingiu como um chute no estômago".
Arne Ljungqvist, vice-presidente da FIAA, depois que o saltador cubano foi absolvido do doping de cocaína após um ano de suspensão para competir nos J.O. de Sydney, em 2000.

"Atlanta foi o paraíso das drogas".
Dr. Wade Exum, médico do Comitê Olímpico Americano, responsável pelos exames anti-doping da equipe, acusando acobertamento de resultados, em 2000.

"Não falo nada".
Manfred Ewald, ex-dirigente da Federação de Esportes da antiga Alemanha Oriental, de 1961 a 1988 em seu julgamento em Berlim, da acusação de ser o mentor do doping generalizado em seu país. Julgamento em 2000.

"Dopar-se para obter ouro, numa cultura massiva do esporte em torno do uso ilícito das drogas por conselhos de altos dirigentes".
Werner Reidner, ex-atleta australiano, em seu livro Positive, lançado no ano 2000.

"Nós, americanos, vivemos sob as mesmas regras que os demais e é preciso fazer tudo certo antes de dizer aos outros o que fazer".
Robert Ctvrtlik, ex-campeão olímpico de vôlei, membro do COI após saber da grande quantidade de americanos acusados de doping nos J.O. de Sydney, em 2000.

"Durante seis anos não me dei conta que estavam me dando esteróides, daqueles que se dá legalmente aos cavalos, até perceberem que eram fortes demais, mesmo para os animais".
John McEnroe, um dos maiores tenistas de todos os tempos, ao jornal The Daily Telegraph, de Sydney, em janeiro de 2004.

"O senhor Conte está disposto a revelar tudo que sabe sobre dirigentes, técnico e atletas, com o objetivo de limpar a Olimpíada. Em troca, pede que não seja forçado a se declarar culpado por lavagem de dinheiro".
Robert Holley, advogado de Victor Conte, dono da Balco, empresa que produzia o THG, anabolizante não detectado nos exames, em carta ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em junho de 2004.

"30% dos adolescentes que jogam nas divisões de base do futebol argentino consomem drogas, do álcool, à maconha e cocaína".
Jorge Rocco, psicólogo esportivo que atuou no San Lorenzo de Almagro, em julho de 2004.

"Quem acredita que as provas de Atenas estão livres do doping é ingênuo. Eu já nadei contra atletas que estavam dopados".
Ian Thorpe, "o torpedo" australiano, em agosto/2004, num programa de TV da Austrália.

"Durante seis anos, não nego que tomei um tipo de esteróides utilizado legalmente para cavalos, embora eu o considere muito forte até para os cavalos".
John McEnroe, ex-número 1 do tênis, na Revista Veja de 20/12/2004.


Declarações famosas

"Não se tem dúvidas de que 80 das medalhas de natação e atletismo nos J.O. de Montreal tiveram esteróides anabólicos".
Bill Shirley, no Los Angeles Time, após pesquisas, em 1976.

"Preciso mudar de médico".
Frank Shorter, fundista americano que não se dopava, após sua derrota nos J.O. de Montreal em 1976.

"O doping de futebolistas de alto nível já é usual em meu país".
Dr. Vam Rompou, médico da seleção holandesa, em 1976.

"Doping é uma coisa que a gente toma aos 40, para se sentir como se tivesse 20 e depois ter um cansaço de quem tem 80".
Zizinho, ex-jogador da seleção brasileira, em 1984.

"Eu recebia injeções e ficava agressiva comigo e com os outros".
Karen Konig, atleta da ex-Alemanha Oriental, bicampeã européia de natação, em 1984.

"Nove resultados positivos nos J.O. de Los Angeles, nunca foram tornados públicos. Não sei por que".
Don Colin, americano, diretor do Laboratório Olímpico e Diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade da Califórnia, em 1984.

"Seis em cada dez no atletismo usam esteróides anabólicos".
Daley Thompson, campeão inglês do decatlo, em 1987.

"Suas dores eram abomináveis".
Médicos da U.T.I. do Hospital de Mayence, na Alemanha, que assistiram a morte de Birgit Dressel, em 1987.

"Usei doping várias vezes e isso é uma prática comum no futebol alemão".
Harald Schumacher, ex-goleiro da seleção alemã, em seu livro Anpfiff, editado em 1987.

"De setembro de 84 a fevereiro de 88 eu consumi heroína quase que diariamente".
Bernard Boileau, ex-tenista belga, em 1988.

"Ele foi em direção a uma riqueza fácil, com as bênçãos e os anabolizantes de um poder complacente".
Antonio Carlos Magalhães, político brasileiro, em 1988, atacando um adversário político em 1988, aproveitando-se da palavra anabolizante que dominava na época o noticiário esportivo.

"A Federação italiana fornece esteróides aos seus atletas".
Pietro Puia, corredor italiano, em 1989.

"Eu era forçada a tomar 12 comprimidos por dia".
Cristiane Kcnake, campeã mundial nado borboleta, na Alemanha, em 1989.

"Depois que passei a usar anabolizantes, passei a ter problemas psíquicos, envelhecimento rápido, queda de cabelos, ressecamento dos pés e sérios problemas ginecológicos".
Diane Willians, atleta americana, em 1989.

"O doping é a praga dos esportes".
Sebastian Coe, inglês, ex-bicampeão olímpico dos 1500m, comentando sobre o caso Bem Johnson, em 1989.

"Todos sabiam que Maradona era assim. Posso enumerar outros jogadores de outras cidades, que também usam drogas".
Nello Polese, prefeito de Nápoles, quando Maradona foi acusado de doping jogando pelo Napoli, em 1991.

"Não o crucifiquem. A um enfermo não se mata, mas se ajuda a levantar".
Carlos Menem, então Presidente da Argentina, na repercussão do doping de Maradona, em 1991.

"Comecei a tomar anabolizantes em 1969 e nunca mais parei. Eles me faziam jogar melhor. 99 dos atletas estão nessa".
Lyle Martin, astro do futebol americano, do Denver Broncos, em 1992, pouco antes de sua morte por câncer cerebral.

"Naturalmente que me dopava desde 1979. Não me arrependo de nada".
Ilona Slupianek, ex-arremessadora de peso, alemã, em 1993.

"Quem se dopa tem que ser suspenso por oito anos ou pelo resto da vida".
Lindford Christie, velocista inglês, líder de campanhas contra o doping, em 1997.

"Ben Johnson deveria ser proibido de entrar nos Estádios".
Idem.

"Não me importava se os medicamentos figuravam na lista de dopantes, desde que os atletas ficassem em forma. Quando o time se classificava, isso significava entrada de dinheiro para o clube e para os jogadores".
Dr. Dick Oosthoek, médico do FC Twente, da 1a. divisão holandesa, que chegou à final da UEFA em 1973. Declaração dada em 1998.

"Um atleta que não usa nada é como um fusquinha competindo com um fórmula 1".
Enzo Perondini, fisiculturista brasileiro com câncer hepático, em 1998.

"Quando ouço o slogan Esporte é Saúde, morro de dar risadas".
Idem.

"O que é preciso é ganhar a todo custo. Não interessa se o atleta prejudica a saúde".
Dr. Andréas Melnik, ucraniano que se dedicava à medicina esportiva na União Soviética, em 1988.

"Os únicos atletas pegos no antidoping são os que não dispõem de recursos farmacológicos adequados".
Dr. James Puffer, ex-médico do Comitê Olímpico americano, em 1999.

"Patrocinadores não gostam de ver suas marcas associadas a escândalos. Por isso, sempre que pode o Comitê Olímpico evita o escândalo".
John Leonard, técnico da seleção americana de natação, em 1999.

"Meu advogado será o Dr. Johnnie Cochran Jr. que se tornou famoso por conseguir a absolvição de O.J. Simpson no julgamento pela morte de sua mulher".
Cottrel J. Humter, atleta americano acusado pelo uso de anabolizantes, em 2000.

"A permissão para Sotomayor competir me atingiu como um chute no estômago".
Arne Ljungqvist, vice-presidente da FIAA, depois que o saltador cubano foi absolvido do doping de cocaína após um ano de suspensão para competir nos J.O. de Sydney, em 2000.

"Atlanta foi o paraíso das drogas".
Dr. Wade Exum, médico do Comitê Olímpico Americano, responsável pelos exames anti-doping da equipe, acusando acobertamento de resultados, em 2000.

"Não falo nada".
Manfred Ewald, ex-dirigente da Federação de Esportes da antiga Alemanha Oriental, de 1961 a 1988 em seu julgamento em Berlim, da acusação de ser o mentor do doping generalizado em seu país. Julgamento em 2000.

"Dopar-se para obter ouro, numa cultura massiva do esporte em torno do uso ilícito das drogas por conselhos de altos dirigentes".
Werner Reidner, ex-atleta australiano, em seu livro Positive, lançado no ano 2000.

"Nós, americanos, vivemos sob as mesmas regras que os demais e é preciso fazer tudo certo antes de dizer aos outros o que fazer".
Robert Ctvrtlik, ex-campeão olímpico de vôlei, membro do COI após saber da grande quantidade de americanos acusados de doping nos J.O. de Sydney, em 2000.

"Durante seis anos não me dei conta que estavam me dando esteróides, daqueles que se dá legalmente aos cavalos, até perceberem que eram fortes demais, mesmo para os animais".
John McEnroe, um dos maiores tenistas de todos os tempos, ao jornal The Daily Telegraph, de Sydney, em janeiro de 2004.

"O senhor Conte está disposto a revelar tudo que sabe sobre dirigentes, técnico e atletas, com o objetivo de limpar a Olimpíada. Em troca, pede que não seja forçado a se declarar culpado por lavagem de dinheiro".
Robert Holley, advogado de Victor Conte, dono da Balco, empresa que produzia o THG, anabolizante não detectado nos exames, em carta ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em junho de 2004.

"30% dos adolescentes que jogam nas divisões de base do futebol argentino consomem drogas, do álcool, à maconha e cocaína".
Jorge Rocco, psicólogo esportivo que atuou no San Lorenzo de Almagro, em julho de 2004.

"Quem acredita que as provas de Atenas estão livres do doping é ingênuo. Eu já nadei contra atletas que estavam dopados".
Ian Thorpe, "o torpedo" australiano, em agosto/2004, num programa de TV da Austrália.

"Durante seis anos, não nego que tomei um tipo de esteróides utilizado legalmente para cavalos, embora eu o considere muito forte até para os cavalos".
John McEnroe, ex-número 1 do tênis, na Revista Veja de 20/12/2004.

OS PRINCIPAIS FATOS

1984
1 - Juízes americanos iniciam condenação de atletas de beisebol surpreendidos em exames anti-doping. A pena estipulada é de 100 horas por ano em serviços comunitários e confisco de parte dos salários para programas de reabilitação de drogados.

1895
1 - Tony Fitton, técnico americano de halterofilismo é condenado a dois anos de prisão por vender esteróides anabólicos sem receita médica.
2 - Trinta e dois jogadores de futebol americano da Vanderbild University são denunciados na polícia por uso e distribuição de testosterona.

1986
1 - O F.B.I. descobre três companhias que vendiam esteróides pelo correio. Seus responsáveis são multados e presos.
2 - Curtis Strong, traficante de medicamentos dopantes, principalmente anabolizantes é condenado a doze anos de prisão nos Estados Unidos. Ele era cozinheiro da equipe de beisebol do Filis, da Filadélfia.

1987
1 - Um júri federal americano, condena duas multinacionais mexicanas de laboratório Farmacêutico, por fraude, falsificação e contrabando de esteróide anabólico Spa Miliano. Trinta e quatro pessoas recebem penas.
2 - Andy Lody, fisiculturista americano paga multa de $320.000 e é condenado a quatro anos de prisão por contrabando de esteróides anabólicos. Sua esposa, também atleta de musculação, paga multa de $100.000 e é banida de competições.

1988
1 - Larry Pacifico, americano, campeão mundial de halterofilismo é condenado a prisão nos Estados Unidos por contrabando e distribuição ilegal de esteróides anabólicos. Reabilitando na prisão, tornou-se informante da polícia federal.
2 - Steve Lower, halterofilista americano é condenado a dois anos de prisão nos Estados Unidos por contrabando de anabolizantes. Era formado em fisiologia pela Indiana University.
3 - Don Duchaine, autor do livro Underground Steroid Handbook que levou seis atletas a morte é condenado a dezenove anos de prisão por homicídio culposo e tráfico de anabolizantes.
4 - David Jenkins, velocista inglês, medalha de prata no 4x400 nos J.O. de 72, é condenado na Inglaterra a dez anos de prisão por contrabando de anabolizantes. Ele dirigia uma rede de 34 pessoas.
5 - Patrick Jacobs condenado a prisão na Inglaterra por ser um dos cabeças da rede de David Jenkins. Na época, era treinador de uma Universidade em Miami.
6 - Uma semana antes dos J.O. de 88, a polícia de Gottemburgo, Suécia, desbaratou uma quadrilha de traficantes de drogas, com envolvimento de vários atletas olímpicos.
7 - Bernard Boileau, tenista belga, primeiro do ranking na Bélgica é preso por porte de heroína e confessa que usava a droga há quatro anos.

1989
1 - Luis de Freitas, brasileiro, fisiculturista de competição, ex-Mister Universo, é preso nos Estados Unidos sob a acusação de tráfico de anabolizantes.

1990
1 - Jacquea Toledano, médico francês que receitava drogas estimulantes para os Ciclistas em 1986 é condenado na França: prisão por três anos, multa de $20.00 e dez anos de privação dos seus direitos civis.

1991
1 - Jacinto Navarrete, corredor colombiano, é detido no aeroporto de Bogotá com dois quilos de cocaína. Estava embarcando para Nova York onde ia disputar a maratona.
2 - Maradona é preso em Buenos Aires. Junto com dois amigos, estava caído num pequeno apartamento da cidade, provavelmente por intoxicação por drogas. No dia seguinte a polícia revelou que seu exame de urina apresentou altas doses de cocaína.
3 - Polícia italiana descobre várias substâncias proibidas em hotel de ciclistas da Volta da Itália. O Atleta Dario Frigo foi expulso da competição e o Conselho Superior da Federação Italiana de Ciclismo, suspende as atividades profissionais na modalidade por tempo indeterminado.
4 - Rodion Cataulin (campeão europeu dos 100m.), Ludmila Narozhilenko (campeã mundial dos 100m.), Margarita Ponomarieva (campeã mundial de 400m. com barreira) e Tatiana Reshetnikova (velocista) e mais dois técnicos de atletismo são expulsos da Suécia pela Polícia Federal por terem sido surpreendidos na alfândega com sessenta ampolas de anabolizantes. Iriam competir em torneio na Suécia.
5 - Veterinário belga Jose Landuyt, preso, confessou que aplicava e vendia drogas Veterinárias para atletas. A polícia revistou as casas de 21 desses atletas e encontrou as drogas.

1994
1 - Jennifer Capriati, tenista americana de dezoito anos, a mais jovem profissional de toda a história (profissional desde os treze anos), é detida na Flórida após uma noitada com maconha, crack, álcool e orgia. Um amigo, também detido, declarou que Capriati lhe pedira para comprar $200.000 em drogas. Capriati havia sido campeã olímpica em Barcelona e considerada a menina prodígio do tênis.

1995
1 - Allan Olsen, jogador de futebol da seleção da Dinamarca é detido por três meses por tráfico de entorpecentes.
2 - Cinco atletas de futebol do E.C. São Bernardo (3a. divisão de São Paulo), são presos por uso e porte de maconha ao lado do Estádio onde treinavam. A polícia abriu inquérito: Claudiomiro Ferreira de Souza, Rogério Moreira, Roberto Carlos de Souza, Luiz Carlos dos Santos e Eduardo Alves Monteiro.
3 - Erik Coppin, belga, campeão mundial de levantamento de peso é preso na alfândega de Oslo, na Noruega, portanto vinte e oito mil pílulas de esteróides anabólicos além de drogas para dopar cavalos. A maior apreensão anterior na Noruega foi de doze mil e oitocentas pílulas.

1996
1 - Francesco Flachi, jogador de futebol da Fiorentina é acusado pela polícia de fazer a ligação entre traficantes da Colômbia e de Roma. Esta foi a conclusão da "Operação Freddy" da Divisão Antimáfia de Roma.
2 - Cinqüenta autoridades esportivas da ex-Alemanha Oriental são acusadas de modo formal por Comissão de Inquérito, por danos físicos aos atletas por fornecimento de drogas proibidas. Os atletas eram dos alto e médio nível e praticavam natação, ciclismo, atletismo e halterofilismo.

1997
1 - Thomas Schleicher, judoca austríaco é preso por tráfico e consumo de drogas. É expulso de competições.
2 - Allan Olsen, jogador de futebol da seleção da Dinamarca, que já havia sido detido em 1995, é novamente preso junto com uma quadrilha conhecida pela imprensa como "Os bandidos", responsáveis pelo tráfico de heroína no país.

1998
1 - Yuan Yuan, nadadora chinesa é presa na alfândega da Austrália com treze ampolas de hormônios de crescimento. Ia disputar os VIII Jogos Mundiais de Desportes Aquáticos. O governo chinês importara oficialmente os hormônios (sob alegação de uso em doentes) do Laboratório Novo Nordisk, da Dinamarca.

2004
1 - Em julho de 2004 o Laboratório Balco, fornecedor de THG para atletas americanos é multado em US$ 772 mil, pelo Governo da Califórnia, por "conduta ilegal". Mas o processo judicial contra os donos do laboratório continua na Justiça Americana.
2 - Em outubro de 2004, David Homman, diretor da Agência Mundial Antidoping, informa com base em relatório da Interpol, que "atualmente o lucro de traficantes com a venda de drogas de esteróides em academia de todo o mundo é maior que o da venda de drogas".

VIDEO MUITO INTERESSANTE

HISTÓRIA DO DOPING

História do Doping

O Ópio, um látex obtido pelo corte dos bulbos da Papoula somniferum era conhecido pelos sumérios no ano 3000 a.C.

Na China, por volta de 2737 a.C. já se conheciam algumas plantas cuja mastigação, ou uso de extratos ou infusões, produziam efeitos estimulantes: a efedra (efedrina), a machuang (alcalóide) e a mandragora (afrodisíaca com sabor e cheiro desagradáveis). Os árabes, em 1000 a.C. conheciam a maconha (cannabis.), o haxixe (dez vezes mais forte que a cannabis), a catina ( da qual, hoje se extrai a dextronorisoefedrina) e o ginseng ( uma amina que era usada para estimular os guerreiros). Na antiga Grécia, em 300 a.C. nos Jogos Olímpicos Antigos, os corredores de longa distância usavam uma cocção de plantas que tinha como principal produto um alucinógeno extraído de cogumelos. Para o pensamento da época, era para evitar o surgimento do "baço grande e duro". Em alguns atletas era feita até a retirada do baço (esplenectomia). Em outros, fazia-se uma cauterização com ferro em brasa. É dessa época a primeira notícia de uma espécie de regulamentação olímpica em que se proibia qualquer prática mutilante, como a esplenectomia ou a cauterização em atletas. Na mitologia nórdica, os lendários berseks ou berserkers, usavam a bufoteína, uma droga estimulante extraída de um certo tipo de fungo. Na África, os nativos já usavam a "cola acuminata"e a "cola nitida" como estimulantes nas marchas e nas corridas.

Nessa época, o ópio já estava sendo muito usado na Grécia e na Ásia. Ele teve uma grande divulgação entre os árabes porque o Alcorão (livro muçulmano sagrado) proibia o uso do álcool, mas não citava o ópio. Na Ilíada, poema de Homero, a encantadora Helena, nas festas oferecia aos amigos uma poção milagrosa que curava certas dores e doenças além de produzir sonhos maravilhosos. Provavelmente, era ópio. Na China, as mães embalavam seus filhos num ambiente com fumaça da fervura do ópio para que seus filhos parassem de chorar e adormecessem. Na Turquia, os médicos presenteavam as pessoas mais influentes do reino com formulações que continham opiáceos. Em todas as batalhas desse período, era comum os guerreiros usarem opiáceos para diminuir a dor dos ferimentos e aumentar a coragem para a batalha.

Um pouco antes de Cristo, na antiga Roma, os tratadores de cavalos, usavam o chamado hidromel, uma mistura de água, mel e aveia que eles imaginavam melhorar a forma física dos animais usados nas provas esportivas. Na verdade, antecipando-se aos primeiros conhecimentos de fisiologia, eles hidratavam e aumentavam o suporte de glicose e proteína nos cavalos. Para mostrar ao povo o rigor das leis ou ter a desculpa perfeita para algumas derrotas frente aos gregos, o Senado Romano punia com a crucificação o tratador de cavalos que usasse o hidromel.

Numa análise mais crítica, fica a desconfiança de que os atletas gregos quando subiam o monte Olimpo para buscar inspiração e proteção de Zeus, ficavam ali por dois ou três dias, usando alucinógenos para aumentar a coragem e a audácia para as competições.

Na América do Sul, a coca mascada era usada para aumentar o desempenho, diminuir o cansaço e amenizar a fome nos trabalhos forçados e nas longas marchas. Depois, a folha de coca passou a ter o domínio da nobreza e dos sacerdotes, com caráter divino, mas como se confirmou que ela diminuía a fadiga, passou a ser ofertada aos "mensageiros" a chamada "cocada", uma bola de folhas de coca misturada com calcário. Com o calcário, o efeito era amenizado porque ele alcanizava o ambiente gástrico impedindo a rápida degradação da cocaína pela saliva e pelo suco gástrico. Os índios escondiam algumas plantas nativas de coca porque já estavam dependentes de seus efeitos. Quando o espanhol Francisco Pizarro começou as primeiras conquistas na região em 1532, pagava os índios mineiros com folhas de coca. Eles mantinham a dependência e tinham mais ânimo para descer nas minas de cobre e prata. Quando Pizarro destruiu o Império Inca (atual Cuzco), essa prática terminou.

Na América do Norte, ingeria-se uma planta chamada peyote, que contém um alcalóide estimulante conhecido como mescalina. No Tirol, usavam substâncias contendo arsênico com fins religiosos.

Na Europa do século XVI surgem drogas com cafeína e esse é o ponto inicial da dopagem entre os povos mais civilizados e entre os atletas. Em 1806, o aprendiz de farmacêutico Friedrich Sertuner, alemão, isola o principal alcalóide do ópio e lhe dá o nome de morfina em alusão a Morfeu.

Dez anos depois, ela já é usada em cavalos na Inglaterra. Em 1865, na construção do Canal do Norte em Amsterdã, os operários recebiam drogas que aumentavam o rendimento no trabalho.

Na inauguração do Canal, houve uma prova de natação e vários nadadores competiram usando drogas estimulantes. Em 1879, na Corrida Ciclística dos Seis Dias, na França, os franceses usavam misturas à base de cafeína, os belgas usavam cubos de açúcar mergulhados em bebida alcoólica ou éter (era conhecido desde o século XII como anestésico, mas usado com fins recreativos na Inglaterra em 1700) e alguns ciclistas usavam a nitroglicerina pelo seu efeito vasodilatador coronariano.

Em 1886, já com o uso indiscriminado de estimulantes pelos atletas, acontece a Corrida dos 600 Km entre Bordeaux e Paris e nela se tem a primeira notícia de morte em atleta por uso de estimulantes: morre o ciclista inglês Linton, que usou uma mistura de cocaína com nitroglicerina. Por volta de 1900, no boxe usavam-se tabletes de estriquinina misturados com conhaque e cocaína. Nessa época, era comum a prática de debilitar o adversário com drogas dopantes acondicionadas em garrafas de água. É possível que mortes tenham ocorrido por esse motivo.

Em 1919, o farmacêutico japonês Ogata sintetiza a anfetamina e com isso cresce a dopagem esportiva, principalmente no ciclismo.

Durante a 2ª Guerra Mundial, de 1939 a 1945, os soldados recebiam o medicamento Pervitin (uma anfetamina) nos seus "kits"de sobrevivência. Seu efeito estimulante e a abolição do sono eram úteis nas grandes marchas e nos vôos noturnos. Depois, passaram a usa-lo também nos jogos do exército. Então, terminada a guerra, muitos soldados estavam viciados com esses comprimidos. Quando voltaram a seus países, muitos deles continuaram suas práticas desportivas, principalmente os jogadores de futebol americano. Estavam mais corajosos pelas agruras da guerra e, além disso, jogavam dopados. Isso fez disseminar o uso de anfetaminas entre os desportistas, prática que existe até hoje, incorporada ao uso de outras substâncias proibidas pelas leis esportivas.

Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, são descritas três mortes por uso de doping: Knut Enemark Jensen, um ciclista da Dinamarca de 25 anos (quinze tabletes de anfetamina, mais oito tabletes de um vasodilatador coronariano, misturados a uma garrafa de café), Dirck Howard, alemão, medalha de bronze nos 400m. (por dose excessiva de heroína) e Simpson, um corredor inglês (também por um estimulante).

Até essa época, os métodos de detecção da dopagem ainda eram muito simples. O primeiro método foi desenvolvido pelo químico russo Bukowski que trabalhava no Jóquei Clube da Áustria e analisava saliva dos cavalos. Mas ele negava-se a revelar seu método. No mesmo ano, 1910, Sigmundo Frankel químico da Universidade de Viena desenvolveu um novo método, também trabalhando com saliva. Nas décadas de 40 e 50, foram criados e desenvolvidos os métodos da cromatografia gasosa e delgada que foram sendo aperfeiçoados com o tempo, até serem substituídos pela moderna espectrofotometria de massa que pode determinar na urina a presença e dosagem da maioria das substâncias listadas como proibidas para os atletas.

Já em 1955, a Federação Mundial de Ciclismo iniciava trabalhos de análises de urina. Chegou ao ponto de em uma só prova, obter cinco resultados positivos em vinte e cinco amostras. Ela foi a primeira, porque em muitos países da Europa o ciclismo é um esporte de massa e naquela época os interesses comerciais de divulgação de marcas e logotipos por parte dos ciclistas, era uma realidade.

Durante os J.O. de Tóquio em 1964 um congresso da UNESCO conjuntamente com o COI iniciou o combate à dopagem, esboçando leis, controles e punições. Seguiram-se simpósios na Alemanha, Áustria, Itália e Suíça, mas os países não reconheciam essas deliberações, muitas vezes invocando razões até de uso de dopagem por patriotismo. Desde 1965 e com periodicidade de três anos, a Liga Ciclística da Bélgica passou a divulgar o resultado de seus exames. De 25,59% em 1965, caiu para 8,16% em 1968 e para 4,78% em 1971, vindo a aumentar para 7,10% em 1974 provavelmente pelo desenvolvimento das técnicas de cromatografia. A substância mais encontrada foi a anfetamina e os exames positivos eram quase todos de profissionais e de veteranos com mínimos percentuais em principiantes.

Em 1968, durante os J.O. de Inverno em Grenoble, o COI forma uma comissão de cinco médicos e um químico que unificaram todas as deliberações e leis existentes. Três meses antes dos J.O. do México essa primeira lei foi enviada para todos os países participantes da Olimpíada, mas o controle foi muito pequeno e sem qualquer punição. Os países alegavam o pouco tempo entre a lei e os Jogos. Muitos até ameaçaram não comparecer aos Jogos e outros chegaram a manifestar intenção de abandonar a Vila Olímpica.

A anfetamina e produtos assemelhados, que dominavam os casos positivos passaram a ser substituídos paulatinamente pelos hormônios masculinos, os chamados esteróides anabólicos com poderes muito mais vitoriosos mas também com efeitos colaterais mais desastrosos. Depois, os atletas começaram a usar diuréticos para mascarar a presença dos hormônios e mais recentemente os hormônios de crescimento, principalmente, ganharam destaque na preferência dos atletas.